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Vicente de Fora, ainda hoje teríamos o gosto de ver um Templo em Lisboa, que poucos ha que se lhe ponham a pár, O ódio, a vingança o o espirito mordaz de muitos coraçőes du- ros, sem se lembrarem da nossa virtuosa Religi. Barreto q a Dom Digilized by Google I. Sa Hotte fut victorieuse aussi île l'r-srailri' anglaise qui menacaltson allié le roi de France.


Aussi ce fut autant pour réparer cet échec que pour contenter sa propre ambition, que le duc do Lancas- tre, qui avait épousé Constance , fille de Pierre le Cruel, prit le titre de roi de Ou- tille, et sa disposa i envahir le ro jaunie. Santo Es- tevam, S.


Welcome to Cherry Nudes ... - Comme ce prince no so fit point scrupulo do promettre au roi Ferdinand qu'il resterait i jamais lo vassal obéissant et tributaire de la de Caslillo ; comme , en unge do rite , il remit son propre fils on i tribut passé; el sortonl commo sa t les et isolées qui s'i monl entre les deuï peuples.


ISROA COMPOSTO E lUPIlESSO NA lllllMtENSA l. LCAS niA no UIAKIO DK NOTICIAS, U3 1914 Folha n; 20-f Alandroal A folhii n. A ampliação e rectificação d'esta. Observatório do 'astello de S. Bonto do Zanilnijal, Froixo. ° 6'J — Kntra a para S. Monto do Kil oiro. Folha n° 20-f Alandroal Hydrographia Das linhas d'an;ua, que serpeatoiam n't'sta região, as mais im- portantes são : Ribeira de Lucefece ou de Terena — Eutra ao N. Ribeira do Alandroal — Nasce ao N. Ribeira Secca — Nasce na serra d'Ossa a N. Ribeira do Alcaide — -Atravessa o angulo S. Bento — Nasce ao N. Bento do Zanil ujal, corre a O. Orographia Ao norte ii'csta follia f um pouco a E. No ponto mais r-lexado da serra está construida a pyramide de 1. Do ponto mais alto d'esta sorra se descobre quasi todo o Almtejo, a serra d'Ar- Tolha n. Esta sprra ó al iin lantissima om a. Atinna Scvcriíii dr Faria. Povoaçőes principaes Alandroal, Ki-doiido, Tereiía o Bmiuatcl. Alandroal Esta vilhi do districto di' I''v ra, comarca do lledoiido o bispado de Elvas, ó caheca do coiicolhd do sini nouic ; fica a 34 kiloiíiotros ao Sul de Elvas o a 9 ao S. O orago da sua' única frofíuozia ó Nossa Senhora do. Assenta na encosta de uui monte dividido em duas partes por uui casteilo: á de cima, cercada de vinhas e olivaos, chama-so Matta ; á de haixo denominam Arrabalde. O seu antigo casteilo tem sete torres em redor, e no centro a de menagem; das suas três portas a jjrincipal tica entre duas torres. Diniz, rei de Portugal e do Algarve reinante em atinelle tempo e em d. A denoiíiiiiaçàii Alandroal i i'oveni dos muitos alandros elocn- dros , jue cercavam a fonte do ilestre, assim chamada por ser do Jlcstre d'Aviz, pie era donatário da -villa. Lê-se no Diccionario Popular jue a terra f;osa. Teni algumas fabricas de iaiinos. Na villa do Redondo lioLive um mosteiro de frades capuchos da provinda da Piedade. Também fora da villa ha uma formosa egreja de Nossa vSenhora da Saúde, construída no século xvii. Diniz; e era 20 de Outubro de 1516, por D. Terena Ksta villa do AI Muteji. Do castclld ii ' ,-i li'f 'nili. N'esta villa, ciinscrvam-se inscripçOes dedicadas a, l''iidovgreja, imu figura de cruz, foi construída em forma de forta- leza, defendida supi'i'ionnente com ameias. A insalul ridade do sitio, em que estava a egreja da Boa Nova, ue era matriz da villa. De Bencatel avista-se Eedoiido, Evora-Mont í o Tororia. Próximo da Ermida de S. E' notável esta freguezia por possuir grande numero ih; fouti. E' fora de duvida cjue porto de Bencatel e a O. Ribeira de Gaulo é affluonto á ribeira do! ° 16 uma linha d'ag'ua denominada Ribeirinha. Está coiiipndieiiilida nas tbliias u. Do i'oncelho de Águeda vêem-se as freguezias seguintes : Aga- dào, BaiTou. Aguada de Baixo, Castanheira e Bellazaima. Do concelho d í Anadia vêem-se as seguintes freguezias : San- galhos, Avellãs de Caminho, Ancas, Mogofores, Arcos da Anadia, S. Lourenço do Bairro, Ois do Bairro, Avellãls de Cima, Moita, Villa Nova de Monsanos e Tamengos. Do concelho de Oliveira do Bairro apenas se encontra a fregue- zia de Oliveira do Bairro. Do concelho da llealliada só se vê a freguezia de Vontoza do Bairro. Do concelho de Tondella vêem-se as seguintes freguezias : Mos- tciriuho, S. Do concelho de S. Caminhos de ferro VMa regiílo é atravessada peias liidias férreas do Norte e Beira Alta. A liiiiia d i Xiii-te entra ao S. ° 74 no logar de Valle da Mó, passanilo pela íVeguezia da. Rio Criz — Xasce na serra do. Da sua única frcguezia é orago Nossa. Da sua grande antiguidade dào-nos argumentos irrecusaviMs o facto de ter siiio resgatada dos mouros por D. Fernando Magno em 10Ő8, e o de já ter foro de villa no reinado de D. Sancho i, como consta de documentos do archivo da sua Camará Municipal. O st'U prinuMro foral foi-l! Mtos, 1'endas, padroados de egrejas 1S. Aguas da Guria A nascente das ajjuas minero-medicinaes da Cúria fica situada a 4,5 kilometros da Anadia. O estal «decinnMito lialne. Na estiiçào ha sempre carros á cliegiidii dos comlioios. Possue mais os lioteis Santos e Central, jue são de 2. Xo Cirande Hotel os preyos variam entre eseudo e meio e h is escudos diários, segundo os quartos. Em automóvel gastam-se vinte minutos ao Bussaco. Junto ao estabelecimento thermal ha correio o telegrapho. Permitta-se-nos a resentar sobre as aguas da Cúria a seguinte breve noticia, extraída du Ivebitnrio cliiiicd da epociía tiíernial de lít t8. Luiz Navega relV'i-e depois o modo como se desem- penhou da promessa leita no relatório untcnnw de. Dos eoucpllios c a. A serra de Cabril, situada a S. ° 2-d Arcos de VaiLe de Vez Ponto do Lima, a mais bucólica lio todas as vilas. E para alem, nada. Pois senhores, não se vê o Minho assim. Arcos de Valdevez é uma vila dos seus 2. No outono, a ni. Tma ionte recente lH78l, de ipiati-o arcos abatidos, de ro- busta c instriii;àii. ° 2-d Arcos de Valle de Vez 37 quo a vila ostá natiiralmenti' diviíliihi. O l airro, chamado da Ponte e situado na margem esquerda do Vêz, i airro por onde entra na vila o excursionista, que suponho ir de Braga ou de Viana, tem no conjunto, uma graciosidade jue, em noites luarentas de agosto, ultrapassa a composição mais impressio- nante. E' um suave apinhoamento do casas, que se orgije desde a água, coroado ptda altaneira e es- guia torre da igreja de. A vila tem duas freguesias, a de S. Sobre a etimologia desta palavra tem as corografias escrito varias inexactidőes, comtudo já está demons- trado que aquella é a verdadeira grafia da jialavra. Não nos dizem isto monu- iiieiitus ou iiiscripçi'ies, mas deiuotistram-no as investigaçőes t qioiio- ;-}8 Folha n. A freguesia de S. Paio, a ue sempre perteiieeu o centro, o umhdlcna da vila, data de séculos anteriores ao século xiv. Paio d'Arcos se chamava já então e a terra era Vcdle de I7ct? Vs fantasias dos corógrafos passa- dos esbarram contra estes factos de tam simples averiguação nos docunuMitos. Arcos já era, no tempo da rainha D. Tareja, o nome do logar. A'ão lá agora salxM' porque se cha- mava Arcos! Posteriormente a esta lase da civilizaçàn. As outras são as Aq Vilóla u Azoro. Todas mostram, nos silliares, os caraotoristicos sinais do canteiro ; som embargo, ostas o análogas tom jiassado orradamento por construçőes da época romana. Ainda do ainjuitoctura militar medieval, subsistem, como exem- jdaros curiosos, algumas torres castoláticas, sendo as mais notáveis o antigas: a de Giolla. João i em 1399 a Fernão Anos de Lima. ° 2-d Arcos de Valle de Vez 43 talha. Paio I aro uial I. Pensou-sc já em o ivmoxcr pai-a melhoi' local. VIem de ser modelo no. Lanceada a pi'inicira pcílr. Em tempos não remotos, havia outro concelho dentro da sua actual arca; era o do Soajo; deih' nii' ocuparei em artigini ouco com a altitude. Nas bran- das lia umas toscas constrii ;òes de pedr. A' noite recolhem aos oortêllios e dão o leite aos iiovi- llios, iu ali ticaram durante o dia ou sào mugidas. Escusado i'' dizer que lagares sào agrupaiuiMitos perma- nentes do fogos ; são as sub-divisOes das freguesias. As brandas só são habitáveis no verão o. Os caminhos para ellas são pavorosos. Vigumas brandas são vedadas o produzem qitiniii feno o ate batata. Siini Jesus do Mcmti'. Pois vale bem a pena ir á Peneda com vida e saúde. K' a am elí lea cultixaila no simi estado natural de trepadeira. Um dos principais obstáculos ao progrediniento da agricultura, no concelho dos Arcos e g M'almente no nortes. Pelo menos, isto -ignifica qno a drenagem ilcmopralic;i não superou aimla a forva asrniisional 'l. Esta serra nào tem nem jamais teve outro nome genérico senão aquelle e, por isso, eu penso jue a me- liior designação para todas estas montanhas seria a da serra de Soajo; uma parte ao N. E' «território crespo de serranias, e cor- tado de rins e torrenti'si. Aos administradores do concellio iiiciiiiibi;i esse trabalho. Imii maio d'a iiele anuo. Lembro-ine disso o era criancja. Levaram a sua audácia a escolher para o despique um dia de feira dos Arcos, de modo que vieram em massa e, simulando um batalhão, sultiram jirovocadoramente a calçada jue na vila con- duz ao elevado sitio, onde se faz a feira do gado e onde, portanto, se reúnem os jnixadores- de jiáu, os varredores de feiras, os mestres, emfim, na arte de rachar cabeças do próximo. Nas In uiriçòçs ile 1. Atfonso ui 1258 vemos algumas obri- gaçOos dos habitantes do julgado de Soajo. Kstes rivilegios foram contirmadiis por D. Ao moiiteirn iinir i'' ipie pjigavam: de cad,-! Martinho, sete semanas antes do natal. No reinado de D. A águia também ainda se li- bra nos ares sobre os cimos mais isolados e selváticos. O supradito jiároco mencionava também «gevelins», certamente as zebelinas. A ázcuma ou áscuna. Quando o g-iestal note-se a pronuncia lofral — gesta está velho e produz pouca madeira, arranca-sc e a sua ma- deira é muito apreciada ara lenha. Esta operação executa-se entre julho e setembro. Feito isto, lavra-se o chão, distribuindo-se e enterran- do-se a cinza. A vinha também tem, em toda esta montanhosa região, uma cul- tura diversa da que é empregada nas freguesias mais baixas do con- celho dos Arcos. Diniz, fui l';iyo Rodrigues de. A região está compreheiídida nas folhas n. Mssando ii'l;is povoaçőes da Boa Moi-te, Chalrito e Sobreiral e próximo das de Seixiidio e Ameni. ° 20-e Arraiollosj motros a N. Como affluentes possue na margem direita as ribeiras da Cruz o do Ca- bido, na margem esquerda as ri eiras do Penedo, das Figueiras, dos Serrőes e de Arraiollos. Pedro — Passa a O. João m ao illustre archeologo André de Rezende. Este aqueducto acha-se traçado quasi na sua totalidade, n'esta folha ; parte da freguezia de Graça de Divor e dirige-sc para a mar- gem S. Orographia A região da folha n. Tem approxi- uiadaniente 8. Perto da villa, que dista 18 kiu. A antiga povoação, de que se encontram restos, ficava porem a uns cinco ou seis kilometros a N. Sem nitrarmos na investigação de quaes fossem os fundadoj-cs da muito antiga jiovoação de Arraiollos, parece-nos proferivcl cou- sigiiar apenas : que, em resultado das guerras travadas entre os povos que dominaram na Luzitania, estava consideravelmente arruinada no tempo d'el-Kei D. Diniz favoriH-eu ainda o desenvolvimmito de Arraiollos, coMcedciido-liie foral ; e tinalmente, pie cMíei D. Manuel liie deu foral novo cm 29. A extracção dos seus productos, no iaiz e nas províncias ultramarinas, foi então deveras grande. Diogo Barbosa Machado diz-uos que. Sua antiguidade não i'' pcípiíMia, porque, muitos ânuos an- ti's de 'liristo nascer, já era. Domingos de Évora, para se formar uma praça com a denominação de — Praça do D. Acerca Teste assumpto, o Diário do Governo n. ° 140, de l. N'o mesmo dia 21 de Maio Ac 1836, o referido íovernador Ci- vil, 'oMsidhfiro António. A este ofhcio res ioiideu ;i 'amara cm 20 do mesmo mez. Para comprovar a iniciativa d'esta fundação ha os seguintes documentos, igualmente citados a pag. ° — o longo officio que o Governador Civil, Conselheiro Au- nio José d'Avila, dirigiu, em data de 6 de Setembro de 1836, ao AIinisti'o dos Negócios do Reino, propondo o plano da fundação d'a juelle importantíssimo e philantropico estal elecimento, e o ma- iuuK'ial dos recursos para o seu costeamento. Para combatei- este pi'oposito do Cai-dea! A inauguração da Universidade eborense, celelirou-se com a oiaior pompa, no dia 1. Mez e meio depois da sua abertura, a Universidade foi por as- sim dizer confirmada, recel endii a visita do 3. Fica assim explicada a primeira visita a Hvora do fiitiuMi S. Francisco de Borja ; as suas outras visitas foram consequências dos altos interesses, que a Companliia de Jesus tinha em Portugal. A Universidade de Évora, instituída com todos os cuidados scientificos e litterarios, fuiuiachi com larga m Évora, e nomeada- mente numerosos A-olumcs do seu cartório. António José d'Avila jiara a fundação da Casa Pia d'Evora. Ksta benemérita iniciativa recebeu a Sancção Hegia. Nos seus extensos corredores eclioaram os passos do Cardeal D. Hen- rique, e os do Rei D. Sebastião, e em uma das suas cellas residiu ior vezes S. Francisco de Borja, o notável 4. Francisco de Borja a trocar jielo barrete preto a sua coroa ducal. Extractamos a causa d'esta resolução do Diccionai-io Kncyclojjcdico Hispano-Americano. Leite de Vasconcellos, que transcrevamos textualmente um impor- tante período em que confessa que Eezende, movido pelo seu muito amor da pátria, deslustrou algumas das suas paginas, com a des- cripçào de inscripçòes, jue elle propiúo mandara gravar em mar- Hiores. Hubuor, menos benévolo, censura rudemente estas falsifica- çőes na sua obra monumental Corputi Vol. Eis o que escreve o Sr. Leite de Vasconcellos também a pag. Leito de Vascniiccllos declara que verificou, ue a interpretação de An- dré de Rezende era autlieatica. A benevolência para os i uc aiiti-s de jiós repararam e coUigi- ram elementos, que muito nos auxiliam em nossos testados e inves- tigaçőes, é seguramente uma homenagem di' consideração muito devida. Apressemos-nos em aííirmar que, das oliservaeòes anterioi'- mente expostas, não se deve inferir qualquer conclusão que possa amesquinliar o traballio do Dr. Hubncr na parte jjortugueza do Coi'pu. I''rei Manmd do Cenacuhi. Francisco de i'aula ila Rocha Vianna. O Museu enneulo está ainiexo á IJíliliotheca. Francisco de Boi-ja, que nasceu cm raudia Valência a 28 de Outubro de 1510 e íalleceu em Roma a 30 de Setembro, ou 1 de Outubro de 1572, i'oi filho primofíenito de D. Jo:To do Borja, 3. Joanna de Aragão, filha do D. Alonso de Aragão, filho do Rei D. Francisco de Horja, como ciaranuMite se vê nas «Me- morias liistoricas e genealógicas dos iraníb-s de {'ortugal»: O 4. O estudioso que qui- zer saber noticias dos dolmenu ou antas, jue n'ella se encontram nilo podo deixar de recorrer ás consci Miciosas informaçőes do muito erudito Gahriíd Pereira, ha pouco infelizmente roubado aos seus admiráveis tral alhos, e ás do muito distincto professor, o Sr. Leite de Vasconcellos com a sua liai itual proticiencia. Miguel ao angulo da iMia ilo 'idlegio onde existiu a tori-e iiioiichiuha. Na face oriental do palácio dos Bastos, e no largo da Miseri- 86 l''vllia n. Qwr coiitcm negócios imblicos, J'olilico. Effectivamente da historia cie Portugal, no período do reinado de Filippe iv, e da restauração de 1640, fornecem valiosos ensinamentos as conscienciosas informa- çőes de Gabriel Pereira. ° 20-e Arraiollos trarios efeitos. Parccoo, juo a maior impossibilidade consistia na vontade do Povo ; porque como consta de numero incapaz de cas- tigo, sol orno ou consellio, he de ordinário oposto a todos os res- peitos politicos. Porem João Barradas, homem de juizo maior que sua fortuna condição pedia instantemète lhes fosse licito commu. A junta revolucionaria, denominada de vS. Por mais que se queira resumir uma noticia acerca de Évora, é obrigatório dedicar algumas palavras a estas alteraqòes, que marcam o inicio dos levantamentos contra Castella. Observemos ainda pie estes levantamentos nào só determinaram, pouco tempo depois, a gloriosa restauração de 1640, mas podem talvez considerar-se o começo do esboroamento do co- losso, que era o formidável império de Carlos Quinto. Xo seu livro «Évora e seus arredores» A, F. Barata acompa- nha a sua interessante descrip ,'ão da «Sempre Noiva», com três photo-gravuras. A suppoziçào de ter sido o edifício mandado fazer pelo erudito Bispo de Évora D. AíFonso de Portugal, da Casa de Bragau ,'a, pro- genitor dos Vimiosos, recel e forte esteio : na circunstancia de te- rem apparecido em torno do palácio memorias da dominação ro- mana, taes como cippos, estatuas e estatuetas, que bem revelam, que não foi um possuidor vulgar, que ali reuniu aquellas valiosas rocorda ,'őes do grande povo ; e ainda na occorrencia de ter este palácio e quinta feito parte do morgado instituido pela filha do mes- mo Bispo, D. Brites de Portugal, para ficar na Casa de seu irmilo, o Conde de Vimioso e seus successores. » «Item a sua quinta da Sempre Xoiva ue estaa no termo da cidade de Fvora, i ue parte de liunia arte com a torre ilo Daifto lierdade ilo eal ido, e da outra com herdadi' iiue chamam pedra da missa, e lia outra rados. Alirangi' a iVillia n. Pedro , Villa Fres- cainha S. Martinho , Perelhal, Villar do Jlonte, Abade de Neiva, Silva, Tamel S. Fins , Alvito S. Martinho , Alvito 8. Pedro , Campo, Guisaz, Lijó, Villa Boa, AreozoUo, Barcellos S. Rio Covo, Midőes, iamil, Rio Covo 8. Veríssimo , Gallegos, Roriz, Oliveira, Lama, Ucha, Areias, Pousa; Manhete, Areias de Villar, Martini, Encourados, Adőes, Airó, Várzea, Moure, Seguiade, Fonte Coberta, Carreira e Cambozes. Do concelho de Villa Verde: Escariz S. Martinho , Eseariz S. Mamede , Parada de Gatim e Cervâes. Do concelho do Villa Nova de Famalicão: Arnoso. Estradas As mais ini ortantos U0 se ciiconti-ani n'osta. ° ;'0 — iMitra ao S. Monarciía liie deu o 1. I'or morte do 2. ° Conde, gcni-o bi 1. Pedro, a ueiu se atri- buo o celebro Nobiliário. No Tomo II d'esta publifa ,'ão dissemos -orno o titulo de Conde de Barcellos foi concedido, em 8 de Outubro de 138Ő, a D. Nuno Alvares Pereira, que foi o 8. Brites Pereira, sua filha uuica, com D. Aftouso, filho legitimado de D. João i, ficou o titulo de Conde de Barcellos pertencendo á Casa de Bragança. Xillunia Barbosa, grande auctoridadí! Pedro, Plana 303, Barcel- los se chamou antigamente Barracellos, derivando-se este nome corrupto hoje em Barcellos de Barra Celani, que he o mesmo que Barra do Rio Celano. E' fácil de verificar esta asserçíio nas Xotas do Marques de Montehélo ai Nobiliário dei Conde D. Pedro, annexas ao Nobiliário de D. Pedro, Conde de Barcellos, Hijo dei Reij D. Dionis de Portu- gal, edi ,-ão tle MDCXL, em Roma, pag. A villa de Barcellos, cabeça de concelho e de comarca, pertence ao districto administrativo e arcebispado de Braga ; é das mais con- sideráveis villas de Portugal. Fraiiciscfi Barbosa da Cunlia Sottomayor. Xa villa de liarcellos, lie antiga proveniência, luaesijuer ruinas dos sinis vetustos edificios, e esiiecialmente as do paço ducal, que ainda se erguem iiripolientes solire ;i ponte, mei-ereill M atteiiçAo e estudo do visitniiti'. Foi 102 Folha n. A estação do caminho de ferro dista um km. A po- voação de Espozende foi elevada á cathegoria de villa por el-Kei D. Sebastião, em 15 de Agosto de 1Ő72, e, com quanto plana, ofte- rcce bella perspectiva. Tem uma só freguezia, cuja egreja matriz é de boa construcção. Este porto é o único do districto de Braga, sendo o melhor estaleiro da costa do norte. A fundação de Esi ozende não vae alem do século xv, em que varias famílias de S. Sebastião a elevou a villa. Não é presumível que os llomanos tivessem estação naval na foz do! Demais é hoje sabido, como erudi- tamente nos informa o Sr. São aqui frequentes os naufrágios. Fazia-se uma estacada no rio íávado, desde Janeiro até ao dia dt! Paschoa, com o tim de se armarem redes para a pesca de sal- mőes, sáveis e lampreias. Nas visinhanças de Fão houve outr'ora marinhas de sal, que cliegaram a dar uma boa produção, visto que D. AfFonso Henriques, em 11 ÓO, fez mercê do seu disimo aos frades do Convento de Nossa. Pedro ii mandou, no começo do século xviii, construir um pequeno castello. Paio , Merelim S. Pedro , Panoias, Gualtar, Dume, Fros- sos. Parada de Tibães, Eeal S. Jeroiiymo , Semelhe, Braga, Gon- dizalvos. Ferreiros, Tenőes, Nogueiró, Lamaç. Vicente , Penso S. Do concelho de Povoa de Laniioso encontram-se as seguintes freguezias : Verim, Aguas Santas, Monsul, Moure, Covellos, Frian- des. João de Roi, Eendufiuho, Calvos, Geraz do Minho, Oliveira, Povoa de Lanhoso, Gallegos, Thayde, Lourodo, Villela, Campo, Garfe, S. Do concelho de Guimarães veem-se as freguezias seguintes : Briteiros S. Soutello, Anissó e Tuilliofei. Do concoUio Ao Fafe veoni-se as freguezias de AgroUa, Sera- fão, S. Queimadella, Freitas, Villa Cova, Tra- vassos, Viniioz, Revoliie, Passos S. ° 28 no logar de Pinheiro e segue para S. Passa pelas freguezias de l'rado, Carrazedo, Fi-rreiriis, Aiiiari's, Figueiredo e Dornellas. Mamede c m 743 metros, situada n'um cabeço entre os logares de Sabradelio e l'ortella. Folha 11° 4-d Braga 111 inetaos. Elias Veneto ' é porem de oi iaião que Braga se chama i-ica, pela grande fertilidade dos valles da região de Entre Douro e Mi- idio, cm cujo coração demora, e cujas riquezas são, pelo menos, eguaos ás das veigas e campos mais abundantes de Hespanlia. Segundo Pliuio, a população de Braga não ora inferior a 275. Rabino do século XVI, de naturalidade allemã. Passa por ser o critico mais illustrado en- tre os jixleus. Escreveu, alem de muitas entras obras, Collecito locou im in qui- but Caldaeus para2 hrasles ínlerjecit nomen Messias Chrisli. Depois acharam os Romanos que se niSo jiodiam governar só com dois magistrados tão dilatadas i rovincia8 e dividiram- nas em três : Tarraconenso, Betica e Lusitana. A provincia Tarraooneiise, que. Esta chancellaria tinha maior Jurisdição que todas as outras, porque Plínio lhe assigna vinte r «piatro cida- des ''oní suas coinarras. O quinto concilio, deveras notável, aliriu-se a 8 de Setembro de 1566, governando o reino a Eainha I. Este concilio foi Tiresidido pelo doutíssimo e venerando Dom Frei BartholonnMi dos Martyres. Durou sete mezes, e n'elle se fi- zeram Constituiçőes e Decretos mui bem ordenados, segundo pedia o tempo e o estado das cousas. A grandeza e importância de Braga levaram os Romanos a proceder ao levantamento de fortificaçőes, correspondentes iis ne- cessidades da sua defeza. Estas fortificaçőes foram não só conser- vadas mas ampliadas pelos Suevos, Godos e Árabes, que successi- vamente se assenhoriaram da região e da cidade. Hen- rique apressou-se também cm reparar as fortificaçőes, que el-Rei D. Diniz mandou consideravelmente reedificar, ficando a cidade cercada de muralhas com oiti portas e hdendida por um forte cas- tello. O extincto Conselho de ilonumentos Naciouaes classificou como taes os Restos do Castello de Braga. Assim : Segundo D. Rodrigo da Cunlia iHIst. » ' A esta opinião accresce a dos íalli'gos antigos terem a pre- tensão de descender dos Gregos, cimio affirma o escritor Romano Justino — 1. Veja-sc CoUecção Nizard, e dic. A terceira opinião acerca da origem de Braga attribue-a aos Carthaginezes, que, segundo os seus defensores, foram os que deram a esta cidade o nome que actualmente tem. Entre estes citaremos Frei Bernardo de Brito {Monarchia Luzitana, Parte pri- meira, Livro segundo, cap. Por esta versilo, o Capitão Cartha- ginez Himilcon saliio das praias da Andaluzia com uma grande ar- mada em demanda do descobrimento de terras da Luzitania e da Galliza. Este nauta, depois de dobrar o cabo de S. Vicente e o do Espichel, que antigamente se chamou promontório barbarico, e de- pois de ter navegado toda a costa de Portugal até á Foz do Douro, açoutado por multo violentas tempestades, foi forçado a abrigar-se n'um porto, o a entrar com toda a sua frota na Foz do Douro. Ali encontrou uma povoação de Gregos, gente policiada, que recebeu bem os Africanos ; e tanta conformidade tomaram entre si, e tão agradável lhes foi a sua convivência, qucí muitos dos Gregos os qui- zerani acompanhar, embarcando na frota. Himilcon, proseguindo na viagem, foi descobrindo os mares que rodeiam a Galliza e a Bis- cava, até onde se lançam n'elles os Montes Pyrineos. Tendo po- voado Coimiira c arredores, pararam nas margens do Douro para descançar dos muitos trabalhos que haviam adocido na jornada. Os Turilulos não niz 'i'ani assar il'ali. ° 4-d í Braga 119 Uma lapide, que se encontrou no Convento, indica a sua fun- dação no anno de 562, c que foi dedicado a S. Miro, successor do Rei Theodomiro, acerescentou ao Convento uma jírande mata de arvores que não perdiam a folha ; foram importa- das do Alemtejo. Martinlio de Tibães era mosteiro e cabeça da Onlem de S. Bento, em Portugal ; o Abbade d'esta Casa era o Abl ade geral da Ordem. O templo é formoso, o o seu Retábulo considera-se uma ma- ravilha ; tem grandes e aprasiveis claustros com muitas fontes, tanto nos corredores do pavimento térreo, como nos do superior. O Con- vento tinha uma grande cerca, com bons pomares, olivaes e matas. O mesmo Padre Carvalho, na Corografia Portugueza, refere jue o Eico-homem D. Payo Guterres da Silva, sendo adiantado em Portugal j or el-Eei D. Afíimso VI de Castella, e devendo presumi- velmente residir em Braga, que era o centro da província, ampliou tanto o Convento, que muitos o tiveram por seu fundador ; está n'elle sepultado. As duas pontes sobre o Cávado e o Homem aparentam ser uma só, visto estarem em linlia recta, e terem guardas continuas de cantaria desde a extremidade da avenida direita do rio Homem, até á da avenida esquerda do rio Cávado. A ponte de pedra, chamada do Prado, na estrada de Braga a Ponte de Lima, é muito antiga, e por ella passava a via romana, jue sabia para Aslorga. Payo Ramires e de Dona Gontrode, ambos da primeira nobresa d'aquelles tempos. O extincto conselho de monumentos iiacionaes dassificim muito justamente como taes : o monumento lusitano-romano — Ponte de Rodas — , e o cruzeiro de S. João do Campo, em Amares. A Ponte de Podas, em S. João do Campo, formoso e hera con- servado monumento lusitano-romano, c constituída por dois arcos de cantaria com hellos cortamares. Alguns sustentam que a el-Rei D. Diniz se deve a eonstrucçrio ou reconstruceão d'esta ponte, de que se pode ver uma hiia í;-ra- vura, no Tomo i do Minho Pittoresco, pag. O muito original e distincto Cruzeiro de S. O cruzeiro é abrigado por um alpendre triangular, sustentado por três columnas, levantadas sobre cubos rectangulares. A origem do iijipeljido M. Mendo Moniz, ariNunhado a luaidiado a orta da praça. Alfouso Ilenri ues, alem de llie fazer mercê de senliiii'io s, escarias, etc. Os infantes foi-ani hospedados na Casa, e ji. Manuel Machado era grande cavalleiro e musico; disse d'elle o Marquez de Mouteljello, «que fue de los primeros que en Portugal tocava laud con destrezas. Na sua «Historia e vSontimeiítalisnio», no capitulo Sá de. O IJci intrcvciu c i-iolanja de. Assim, segundo se lê na Vida de Manuel Machado, Seiior de Entre Ho- mem e Cahado, por el Marquez de Montehello, edição de IGGO, o mesmo Infante tendo sabido que Manuel ifachado estava pintando em sua casa o retrato de D. Ora Silva era o nome da dama, que oceultamente galantiava, e Nossa Senhora da Silva era o nrago da egreja matriz da cidade do Porto. Na esc;iíb'i iiilerioi' da toj-re h' 'astro. ° senhor de Entre Homem e Cávado, que casou com D. Violante de Orosco, filiia do 1. Rodrigo de Orosco y Rivera e a seu filho D. Maria, casada com D. Vicente de Orosco, foi concedida a grandeza de 1. I teninnilo scSalailii á esto fin el dia vinte dei próximo mes de junio, siendo 132 Folha n. Arron- ches e outros, terem votado pelo reconhecimento. Luiza de Mendoça e Eça, 4. ° Marquez foi dada a Al- caidaria-mór de Mourão, que vagara pela morte, sem successão le- gitima, de Francisco de Mendoça, 6. Foi do Conselho d'el-Eei D. Esta senliora foi feita Condessa da Figueira, em 13 de Maio do 1810. José de Castello Branco Correia e Cunha Vasconceilos e Sousa, filho segundo dos 1. De Palácio á 17 de Mayo de 1833 — lo el Rey Fcrdinand vii mm rubrica c guarda. ° 14-e Certa Ksta tolha, coniprclHMíilida na folha n. Do concelho de Villa de Rei, a freguezia tle Pezo. Esta estrada é notável pela sua exten- são, pois que, partindo da Villa do Barreiro, vac até Salvaterra do Extremo, na fronteira. ° 16, ao S. Ribeira de Isna — Esta ribeira, afSueute na margem esquerda do rio Zêzere, nasce na freguezia de Isna, corre a S. Recebe na margem direita, além de A-arias linhas d'agua, a ribeira de Ta- môlha, e na margem esquerda a ribeira de Bostelim. Ribeira de Ocreza — Vê-se apenas uma pequena parte d'esta ri- beira a S. Ribeira de Mezão Frio — Nasce entre os logares de Simadas, Cimeiras e Crugeira e dirige-se para S. Ribeira da Pracúna — Corre na direcção de O. Orographia O terreno Uosta tollia é bastante accidontado, vendo-se a meio d'olla, na direcção N. Vilhena Harlmsa, narranchi este hrilhauti' leito, na sua cantaria : a de Santo Amaro, a da Varsea, e a da iladeira, denominada assim esta ultima por ter sido primitivamente de madeira. A egreja, templo de três naves, tem jior orago 8. Raros são os vestigios que restam do vellio castello da Certa ; diz-sc porem que a j orta do castello em que se immortalisou Co- iinda, tendo resistido durante desoito séculos á acção do tempo, foi derruida pela mão do homem com o fim de empregar a sua canta- ria no concerto do arco de uma ponte. Proença-a-Nova ou Gortiçada Assenta esta villa a crrca de 45 km. A villa, srde de concelho no districto de Castello líranco, e p M'- tenccnte ao bis iado as ribeiras da Corta e a de Amião, pie a priiiu'ira reara isto 'i'a iicccssa i'io. Vlguus dos araiaes eram evontuaes ou occasionaes ; mas com- prehenile-se ui' uma resistência contra os ll muinos de varias de- senas de annos levasse os Luzitauos a estabelecer acampamentos permanentes Mn algumas localidades. Concelhos e freguezias ' inceliiii dl' S;iiitira, Serzedeilo, Nespereira, Inlias, 'niide S. Concelho de Fafe districto de Braga , com as seguintes fre- guezias : — Fareja, Fornelos, Arőes S. Eomão , Fafe, S. Clemente , Armil e Regadas. Caminho de ferro A linha da Companhia dos Caminhos de Ferro de G-uimaràcs, linha de via reduzida, entra na foUia a O. Encontram-se n'este percurso as seguintes estaçőes : S. Thiago , saindo da região entre as freguezias de Arnoso e Sezures. Ill 146 Folha n. ° 32 — Entra na folha pelo angulo 8. Nespe- reira e Urgezes ; parte depois da E. ° '11, junto de Payô, e passa pelas freguezias de Torre, Faie, e pelo logar da Estrada. ° 36, ao S. ° 36, ao N. Pedro , pelos lo- gares de Boa Vista e Eoclia, e pela freguezia de Carvalhosa, sa- hindo da folha perto do logar de Raivosa. ° 23 — Parte da E. » 32, próximo do logar de Morouço, e dirige-se para S. D'esta estrada vê-se uma pe- quena porção a ligar com a freguezia de S. ° 16 — Parte da margem S. Serra da Sitavia — Situada a S. Alem d'estas serras vêem-se bastantes cabeços a S. Guimarães A muito antiga e famosa cidade de Guimarães, oecupa, como povoação, logar tão distincto e proeminente na historia de Portugal, ue todas as noticias a seu respeito otferecoin grande interesse. Assenta esta muito nol re e leal cidade cm terreno pouco ele- vado, próximo o na falda da montanha do S. No cume d'esto monte fundou-so uma torre, que se manifesta a lii- gareu mui remotos, como diz o I'. Miguel, ó a primaz do arcebispado do Braga, e de muita antiguidade, como o demonstra a sua architcctura. A capella mór ó sojiarada do corpo da ogreja por um arco do pedra, a que se encostam dois altares, sendo o do lado do Kvangeliio dedicado a Nossa Senhora da Graça, o o do lado da ICpistída a Santa Margarida. N'esta ogreja foi bapti- 150 Folha n. Affonso Henriques por São Griraldo, Arcebispo de Braga, e na Pia baptismal que se trasladou para a Real Collegiada de Grui- marcães. Na villa velha mandou o primeiro Duque de Bragança, D. Aí- tbnso, edificar um sumptuoso palácio, que uão clmgou a ver cons- truído ; n'elle residiram alguns dos seus descendentes, o ultimo dos quaes foi D. Duarte, Duque de Guimarães. Teudo vagado para a Coroa o senhorio de luimarães, el-Rei D. João I, deu a D. Fernando i 2° Duque de Bragança; e ao filho primogénito d'este, e do mesmo nome foi então feita mercê do titulo de Duque de Guimarães. Pelo casamento do Infante D. Duarte, filho d'el-Rei D. Ma- nuel, com D. Isalicl, fillia de D. N'este titulo e senhorio succedeu seu filim D. Para tratar do modo como se fundou a villa nova é necessá- rio remontar a D. AfFonso iii de Leão. Este Conde casou com Mumadona, Tia e collaça d'el-Rei D. ° ő-d i Guimaràesj lől trinta logares, quasi todos entre os rios Ave e Avizella, e lhe deu mais o seu mosteiro de S. Ira cercado de altas inui-aihas e flanqueado com seti; torres. Tareja, vi-iu n'elle estabelecer a sua Corte; deiiti'o do recinto das suas toscas Folha n. Com esta mudança viu Guimarães diminuída a sua preponderância, e perturbado o seu sucessivo e importante desenvolvimento ; recebeu porem em breve a larga compensação de ser ainda mais visitado e frequentado o San- tuário de Nossa Senhora da Oliveira, e isto devido ao augmento dos territórios dos Christãos, e á segurança com que se percorriam os caminhos. Diz-se que foi visitado, em 1340, por D. A actual i'greja dr Nossa Senhora da nliveira foi mandada squerda um ramo de oliveira. O primeiro foral de Guimarães foi-lhe dado pelo Conde D. A cidade e o termo de Guimarães são seguramente dos mais ri- cos de Portugal em monumentos nacionaes, que o extincto Conselho d'estes monumentos classificou do modo seguinte : Monumento prehistorico : Anta da Polvoreira. Monumentos Lunitano-Iiomanos : Citania de Briteiros. Cruzeiro h- Nossa Scnlioi-a da iiiia. Allniif iMoQuiniMitu om Giiliii;irài- Folha 11. CIVIS : Paros uiunicipacs de Guimarães. Dizem alguus escriptores : que D. Affoaso Henriques, obrigado pela recusa da Rainha sua mãe de lhe entregar o governo de Portu- gal, travara contra os vassallos do Conde D. Fernando Peres de Trava e alguns portugueses partidários da Rainha, a batalha de S. Contestam outros, e não sem fundamento, cjue tenha havido da j arte da Rainha D. Theresa qualquer dilEculdade em entregar o governo ao Infauti' seu Hliio, quando, jielo contrario, o vinha a elle de muito associando, como é notório. Talvez apenas no louvável intuito de afastar da Rainha D. A villa de Felgueiras, dotada de bons edifícios, e cercada de arredores admiráveis, é justamente reputada uma das mais hellas de Portugal. A nordeste da villa, e fazendo parte d'olla, fica o ilonte do S. O julgado do Felgueiras nianteve-se ató á proclamação do go- verno constitucional, pertencendo ora á Corregedoria da comarca de Guimarães, ora á Corregedoria da comarca de Penafiel, mas uasi sempre á primeira ; polo decreto de 28 de Junho de 1833 fi- cou pertencendo á comarca do Amarante. A comarca tem cinco notários e quatro ofBcios de escrivães do juizo de direito, e é constituida por 33 freguezias, com cerca de 6:000 fogos e 23:000 habitantes. No concelho de Felgueiras lia varias lendas e algumas muito interessantes. Carvalho na sua Corografia Portuguesa, Tomo i, pag. Efi'ectivamento na freguezia de Sendim existe a casa de Cir- gude ou Cergude, que a tradição diz ser aquella onde nasceu Egas Moniz Coelho. Foi vendida ha poucos annos pelos Srs. Teixeiras Coelhos, de Villa Real, ao Sr. Álvaro da Fonseca Moreira. Desde a constituição da Monarchia até á venda pertenceu sempre aos Coe- lhos. Ksto Gonçalo Coollio loi donatarin do conco- llio dr- Folha n. Ainda existem as paredes de um antigo edificio, e uma pe- quena capella, na qual uada ha que admirar ; nem lá se vê a tal imagem de Christo. A freguezia de S. Martinlui de Cáramos, tem também na tradi- ção e na historia interessantes capítulos. Com respeito á sua histo- ria temos que el-Kei D. Affonso Henriques fez couto a um mosteiro ue edificou junto da egreja de Cáramos e a toda a freguezia. A pouca distancia para o lado de S. Aiilujiiu LoIjcj Kibciro ilc Magalhães, illustre filho de Felgueiras, não se sabe onde era o Monte Colum- bino, nem a villa de Palumbario. Os escriptores da vida rle Santa Quitéria UiTi'ni f Ui' esse monte seja o que se eliamou monte de S. Prdrd, e ag jra se chama monte de Santa Quitéria, e em cujas vertimtes sul c píiento ourrea villa de Felgueiras. Naila ha ipie justifique! Feriianibi-o-Maguo, que, a petlido dos frades, a or- denou pelos ânuos de Ciiristo de 1041. Ksta Irmandade transformou-se em Misericórdia, ha poucos annos. Mauurl ileu foral iinvi. Diniz, uma sen- tença de foral em 1ÍJ07. Na região teem sidn manifestadas muitas minas. Xo Tomo II, la Benedirtina Lvnifana, jtag. Para a determinação do sitio em que foi fundado, basta consi- derar que o rio Ave. O rio Ave passa tão próximo, que as suas aguas serviam de muro e cerca ás hortas, pomares e campos, que constituíam as de- pendências do mosteiro jiai-a a parte do Nascente. Heleua Ciodiz, fundaram o Mosteiro de S. Nicolau, a que cha- mam de Santo Thyrso de Riba d'Ave. Pedro, quando este declara a 8. Ni- colau orago do Mosteiro ; e para a contradição apoia-se também ua doação que foz de couto a este Mosteiro, pelo anno de 1094, D. Bento, merecem re- ferencia esj ecial o Hosjiital e Escola, mandados construir pelo ca- ritativo titular. Nicolau, cjue ora chamam S. Thyrso de Ri- baldavesi. Alboazar Ramires, filho de D. Ramiro ii, Rei de Leão. A egreja do mosteiro, juc é matriz da freguezia, dedicada a Santa Maria Magdalena, está situada num espaçoso largo, no centro do qual se admira um cruzeiro de mármore côr de rosa. Segundo Pinho Leal : « á reconstrucção geral a que fizemos a refe- rencia anterior; a piella é obi-a muito mais antiga, e classifica hi como sendo dos séculos xii ou xiii. Os Coutos de :Moreira de l{ey e de Tadraido, e a llenradeCe- pães, ficavam no t-d Guimaràpxj nhora da Oliveira de Guimarães. AfFouso Henriques e con- firmado por D. O Couto de Pedraido era das freiras de Arouca, da Ordem de 8. Bernardo ; mas nem toda a freguezia era couto. A creação da comarca de Fafe, por decreto de 3 de Agosto de 1853, deve ser reputada como data do inicio do progresso e desen- volvimento d'esta villa, e também do augmento da sua área, eno- brecida com bellos edifícios. Na Encyclo- pedia PorUigueza lUustrada encontra o hntor uma interessante des- cripção d'esta jóia da provinda do Minho. N'estas palavras chama Galliza á torra que pega com a Luzitania, que é a provincia de Entre Douro e ilinho. N'dni Foruiona da Citania h; liriteiro. O estvlo da ornaminitação d'esta pedra e de ou- ti'o fragmento é caracteristico ; no desenlio dos ornatos predominam ' Brutus iíjilur liic Luiilaniam usque ad Ocennum perdomuiL Quamquam ul VaieriuH Maximus libro scxlo, oapilf. ° ő-d Guimarães 171 os circulos concoiitricos, as espiraes, e as cordas torcidas. Na Gal- liza achou-se um vaso de bronze, cuja ornamentação essencialmente differente do estylo dos Romanos ou de quaesquer outros dos povos que denominaram na Peninsula, tem os mesmos elementos mencio- nados, e, por isso, toda a similhaiiça com o da Citania. As casas descobertas dos castros da mesma província são tam- bém análogas ás da Citania. Em Sabroso, próximo de Citania, encoutraram-se vestigios se- melhantes de casas com paredes duplas. Com respeito á chamada Pedra Formosa, lê-se no Dicclonnrlo Popular de Pinheiro Cliagas, que nas escavaçőes a que mandou proceder na Citania o muito esclarecido Sr. Francisco Martins Sar- mento, verdadeiro bcniMnerito da sciencia, se encontraram variadis- simos objectos, abundando sobretudo fragmentos de barro de muitas uaiidades e formas. Descobriram-se também algumas sepulturas ; mas o acliado mais notável é o da Pedra Formosa, Junto da cidade, que não estava recoberta de terra, e que, havendo sido descol erta no século xviii, fora pelo al bade de uma freguezia próxima, trans- portada para o adro da sua egreja, onde se deparou ao Sr. Mar- tins Sarmento, ue a adquiriu por compra e restituiu ao seu antigo logar, hoji- tamb Mn propriedade sua. A Pedra Formosa é uma grande lage de granito, col erta de relevos e ornatos, esculpi interessante. Ksta região estava representada nas tolhas n. Jlarianno António d'Azevedo, nos aniios de 18G6 e 1867. Vova eiicontram-se as seguintes fre- 176 Folha n. Miguel cUAcha, Olcdo, Idanlia-a-Nova, Llaulia-a-Velli;i, Alcafozes e Zobreira. Estradas Não tem esta região caminhos de ferro c também são poucas as estradas a macadam que a servem. As estradas que atravessam a região são as seguintes : E. ° 16 — Vê-se dois troços d'esta estrada, um no angulo S. Miguel d'Aclia e dirigc-se para S. Hydrographia As linhas d'agiia pi-iiicipaes ui' cdrreni iTesta i'egiãi são: O rid 1'oiinul — h-ntra im limite N. Ribeira de Canis-ta — -Corre na direcçilo N. ° 13-g Idanha-a-Xova 179. Março do 1871, iiovi? Idatdia-a-Nova feve começo no rotorido oastello, cuja eonstrue- çãn se deve a D. Gualdim Paes, sendo a sua população augmen- tada com a IdanIia-a-Vellia. Affonso ii em 1218. Manuel dou foral novo un lőlO, e como brasão a osphera armiilar. A villa possuia um convento de frades franciscanos, da pro- vinda da Piedade de Santo António , tondo-llie sido lançada a pri- meira pedra por fr. Custodio da íuarda, a 'i do Setembro de 1630. K' triste a paisagem, é escuro o coiijuncto, nem lia ruínas alegres e claras. De duas épochas são os imj ortantissimos vestígios da antiguidade, que as suas muralhas encerram, da romana e da mediévica. As -inscripçőes apenas nos dizem o nome étnico dos habitantes da região circumdante ; eram os Igeditani. A antiguidade d'esta construc- ção é-no9 attestada por uma inscripção em caracteres iiiiciaes do tempo de I. Sonhando al- gum thesouro, levantaram a jiedra, e na vei-dade l;'i estava uiu tiíe- souro, mas archeologico. Era elle constituido por uma aglomeração de vasa e de bilhas de barro, quasi todas cmn a asa quebrada. Este deposito attingiu ainda uma. Todos os exemplares são análogos e poi'taiito da mesma e o dia ; é um barro espesso, mas bem cosido, com alguma mas parca ornamentação. Depois d'isto as ruinas iiiais importantes são as da liasilica, ali dia. Sobre o rio 1'oiisiil passa uma ponte, inteirannMite construída com silliares extraídos das inurallias. Sii unia po-iquisa interior poderia resolver o caso com seguran ,'a. Não falta pelourinho a esta humilde alileia ; parece do século XVI, e é de um estilo l astante simples. Não longe da povoação ha sobre o Ponsul um elevado e abru- pto morro, onde se encontram minas de muralhas ciclópicas, fossos, etc. E' o Cabeço dos Mourox, castro pre-romano sem duvida alguma. Nas proximidades veem-se trechos de uma ríVí lageada. » Diz-nos Vilhena Barbosa que Egitania ou Egiditania, nome provável de Idanha-a-Velha quando cidade romana, teve honras de niuuicipii e foi favorecida com grandes privilégios. Destruidii o império romano, a oidade foi arrazada pelos sue- vos no anno 4jfU da era christã. Quan mouros, mas tam- bém largamente detormiaada por uma pavorosa praga de formigas, que obrigou muitos dos seus habitantes a emigrar para o sitio a que se deu o nome de Idanha-a-Nova que, alem de ser dotado de excel- lentes condiçőes, teve a felicidade de escapar a este flagello. Idaniia-a- Velha, em attençào ao seu brilhante passado, conserva o titulo de villa, mas está i-eduzida a uma aldeia insignificante; per- tence ao concelho e comarca de Idaidia-a-Nova. Da sua única freguezia é orago Nossa Senhora da Conceição. A folha faz parte das antigas folhas da Carta choi'Ografica n. I''r,'di'rico Augusto Torres, Tlicotonio Lojies de Macedo e Sr. Mariaimo António de Azexcdo. ° comprelienile parte dos concelhos de Lis- boa, Oeiras, Almada, Seixal, Barreiro, Setúbal, Alcochete, Aldeia Gallega do Ribatejo - o concelho da Moita ; do districto de Santa- rém vê-se uma parte do concelho de Benavente. O concelho de Lisboa divide-se em quatro bairros; do primeiro bairro estão as seguintes freguezias : Anjos, Beato António, Santa Cruz do Castello, Santa Eugracia, Santo André íraça. Santo Es- tevam, S. Vi- cente, Sé e S. Joíio da Praça e Soccorro. Do segundo l airro estão as seguintes freguezias : Conceição Nova, Encarnação, Magdalena, Pena, Sac-ramento, Santa Justa, S. Do terceiro bairro as seguintes freguezias: Bemfica, Campo Grande, Carnide, 'oração de Jesus, MorcGs, Santa Catharina, S. Do quarto bairro as seguintes freguezias: Ajada, Alcântara, Belém, Lapa, S. Isaltel e Santos o Velho. Do concidho de Almada veem-se as suas duas freguezias. Al- mada e f'apaj-ica fSr. Do coiirejlio 1 1 Seixal enc iiitram-se as freguezias de: Seixal, Aldeia, de Paio Pires, Ai'i-entella e Amora,. João Baptista e Samouco. Do coQcolho lo Aldcia-Galega do Ribatejo veem-jse só duas fre- ííiiezias : Aliloia-fralleya do Eiltatejo i Espirito Santoi e Sarilhos rraiKles. Do concelho da Moita encontram-se as suas duas freguezias de Alhos Vodros e Moita. Gaminhos de ferro Xa parte situada sobre a luarjíem direita do rio Tejo eucou- trani-se as liniias da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugue- zcs ue se tlenominani : Liuiia de íjisboa Cães do Sodré a Cas- caes, vendo-se as estaçőes do Caos do Sodré, Alcântara Mar, Belém, Pedrouços e Algés, e os apeadeiros de Santos, Junqueira, e Bom Successo. Sete Kius, Alcântara Terra e Alcântara JLir. N'a linha ue parte de Aldeia alleg;i do IJibatejo a Setulial apenas so vê a estação de Sarilhos. ° 79 — Parte da Amura Jo e dirige-se pai-a S. ° lòG da povoa- ção do. Vrieiro e dirige-3e para S. Ő9 — Parte da Villa Aldeia Oallega do Ribatejo, passa por Atalaya e Rilva, atravessa as marinhas de sal e segue até ao limite! ° 1Ő9— Parte da E. ° 79 eiu Cruz de Pau. Hydrographia Veem-se varias liniias d'agua n'o8ta região, scntlo a princijia! As estampas são as seguintes : SÉCULO XII S. SÉCULO XIIl Santa Marinha d' itcir'o — 'opiada th' « I rscri riuii'iro, sobe até o postigo di' Santo André, e, costeando r- res. Sé, Santa Maria Magdaleua, São Jlamede. São Christovam, São Lourenço, São Sebastiam da Mouraria grande parto. Entre o monte do Castello, o o monte de S. Roque, em op- posto, fica o quarto monte, que se chama de Santo André, por ter no seu cume um mosteiro de religiosas franciscanas, com a invocação do mesmo Santo. Este monte é cortado por dois compridos valles, um da banda do Oriente, e outro da do Occideute, vindo ambos dar a um terceiro vaUe, onde se formou o Rocio, e que fica entre os mon- tes do Castello e de S. N'este extenso valle estão situadas as freguezias de Santa Justa, S. Nicolau, Conceição e S. No primeiro dos valles, que contornam pelo oriento o monte de Santa Anna, está a freguczia dos Anjos e parte da antiga dé S. José e uma l oa parte da de S. Este monto vao descendo até ao rio, c n'elh' se encontra grande parte his freguezias de S. José, Santa Justa, S. » 20-b iLisboat 195 Da parte» Occidental do monte de S. Roque começa a levau- tar-se o sexto moute, que é taml em bastante alto, e que se deno- mina das Cliagas, por causa de uma egreja, que n'elle edificaram os marinheiros da carreira da índia, com a invocaçíio das cinco Chagas do. Senlior, e onde, por um hreve do Summo Pontifice, tiveram seu. Este monte com as respectivas faldas abrangia parte da freguezia do Loreto c parte das freguezias s. Kftectivamente, estes edifícios alem de s M'oni monumentos de piedade, em pie se j raticavam os actos da fé christft, recolhiam, ' A cerca iTel-Rei D. Fernando foi mandada ciiificar em 1. Também partiu d'6lles a noção da caridade e do amor do traballio, largamente aconselliada pela palavra e pelo exemplo. Quando a largos traços descrevemos a tomada do Santarém, a siirprebendente victoria, que abriu o caminho á tomaila de Lisboa, demos resumida noticia do mosti. Vejamos cíimo ei-Eei D. Afiouso llcnriíjucs iroccdeu á sua coustrucção. Lisboa Antiga», o muito eruditn Sr. Visconde de Jas- tillm. Vicente veiu a ser achada quando se pro- cedia á reedifica ,'ão do templo, e se llie cavavam novos alicerces. Appareceu no fundamento do esteio, que ficava da parte do Evanrje- Iho do altar e capella-mőr da casa; segundo informa D. Nicolau de Sautr Maria, Clironista dos Cónegos Regrantes. Decemhris sub Era MCLXXXV». Este templo edificou el-Rci de Portugal Affonso i, em honra da Bemaventurada liaria Virgem, e de S. Circumstancias notáveis relativas á funtlação da Casa de S. Vi- cent'', e que o Sr. Visconde de Castilho demoradamente refere no Vol. Aflonso Henriques, e fizeram-lhe tomar tão cntraohado aífecto ao n jvo mosteiro de S. Vicente, que o declarou padroado seu, e sua camará, como então se denominavam os ja- zigos. I cve notar-se que D. Santo Agostiniio, do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, pela grande afFei ;ào que llies dedica%a, o especialmente a S. Tlieotoirio, seu prior, por quem pro- fessava grande veneração. Duriiu ipiatro séculos a primeira fundação de S. Vicente, mo- miMiriitc i ii ' o primeiro Rei de I'ortugal erigiu a Deus coiiid reco- iilicciíuento jiida tomada dr Lisboa, lie tãn iiidiscutivi'! Nicolau ilu Santa Maria. Em vista do estado do edifício, os Cónegos Regrantes rcBoivc- ram proceder á sua reconstrueçcão geral ; mas eml argou-lhes o passo o Rei D. Sebastião tinha mandado levantar no Tern? Apesar de todas as diligencias, a inauguração do templo de S. Vicente de Fora só poude fazer-se a 28 de Agosto de 1629, tendo- se n'ella consumido 47 annos de continuo trabalho. A referida iaau- guração foi uma festa solemnissima. Toão Baptista de -Castro no seu Mappa de Portugal, Tomo 111, pag. Vicenle Aciiiiil Folha 71° 20-b Lhboaj 201 Mosteiro de S. Viccnle de Póra COROGRAPHIA Fundarão d''esta Ordem e Templo A fuiidarào la Ordem do S. Vicente de Póra lata do auiio 400 de Cliriste, e teve principio em Portugal, em 1132, no reinado de I. Sebastião mandara edi- íicar. Tem a frente voltada j ara o Poente. Vicente de Fora, apresentando ao leitor a sefíuinte conceituosa observação do tSr. Visconde de Castilho : «A Filippe Terzi é devido o possuirmos ainda hoje, tão com- pleto, o Ibrmozo specimen da arcliitectura ecclesiastica de século xvi. ° 20-h Lisboa 207 Grandeza e prospecto A sua planta podo accommodar 300 fieis, c o Santo Sorvien da Egreja Koraana, o seu alçado é coníbrnic a copia junta, o qual foi copiado do natural do lado esquerdo da mesma localidade. EseiilUira Possuia as seguints Imagens : Nossa Seidiora da Conceição, imagem ilc! Alfredo Luiz Lopes - O Hospital de Todos os Santos. Mappa de Portugal — Tonni lu. Eduardo Freire de Oliveira. Traz a fachada da egreja do Hospital de S. Manuscripto existente na Hildiotheca piildica. Re- gisto geral n. Eegisto particular do enfermei ro-mór, D. José — 1849, Livro dos Bens, fl. Croquis da fachada da egreja do Hospilal de Todos os Santos, em 1750 Folha n. João ii morreu a 25 do Outubro Ji' 1195. ° por sua Bulia Apostólica de 13 de Agosto de 1479. » las maravi- lhosas construcçOes que nos deslumbram. N'este anno el-Kei D. Manuel obteve do Papa Alexandre vi o IjVeve para incorporar n'este hospital todos os que se achavam dis- persos por difF n'entes pontos do reino, mandando fabricar junta- mente todas as casas que faziam frente para o Kocio, desde a rua da Bitesga até ao Convento de S. Os hospitaes incorporados eram pequenos hosjjitaes, mantidos com esmolas e legados. Parte d'essas casas de caridade eram ape- nas recolhimentos ou albergarias, onde perigrinos e pobres eram acoutados com os enfermos. Kra porem natural ' Provas la lliotoria genealógica, Tomo ii, pag. Alfredo Luiz Lopps, puliliiado uo. ° 20-h stas mortíferas epidemias. Do «Livro das Grandezas de Lisboa» d » Frei Nicolau irOli- v Mra. Francisco Xavier, que veiu entílo a Portugal, e se chamava simplesmente o Padre-me. Ali residia ainda este Monarcha em Outul ro de 1543, como o conta o sr. O edifício foi depois destiiia. A enfermaria tinha 22 leitos. Vicente, mas o seu comprimento era apenas de cerca de 2'. Íi s, e a dos feridos com 45. Da despesa que se fazia com o Hospital, dá ideia a quantia de dois coutos e duzentos mil reis. A inaugura- ção da olira IVv-se, no dia 15 de Maio de 1492. Segundo uma nota autograplia de Manuel Severim de Faria, o muito notável chantre de Fvora. K á véspera se ti- idia feito a procissani de S. No iiiesiuo dia de SS. Simão e Judas a ai'eeeraiii eui Lisboa 218. D'este incêndio escapou o retrato de el-Rei D. Scliastiào e as armas do Reino. Na madrugada de 10 de Agosto de I7ő0, um segundo o pavo- roso incêndio reduziu a cinzas o Hospital de Todos os Santos, sal- vando-se da egreja unicamente a admirável tachada do seu pórtico, taboleiro c escadas, e das enfermarias a se al. Passamos a apresentar unia muito interessante observação, que se encontra no Summario de Varia Historia, do conceituado es- criptor Ribeiro íruimarães. MmuiicI, muitu accresc Mitou e melhorou o dito Hospital. A carta regia de 28 dt? Folha 71° 20-b Lisboa 223 primeiro Provedor do hospital foi Estevam Martins, Mestre- Escola da Sé de Lisboa, e Proto-Notario da Sé Apostólica, nomeado por alvará de 8 de Fevereiro de 1496. Vide — Registo geral dos reinados de D. °, e Eeforma do mesmo Eegisto geral, fl. Estevam Martins já servia o cargo de Provedor e. Tuiz dos liospitaes, capellas, confrarias e albergarias, em 15 de Fevereiro de 1493, como consta de uma escriptura d'esta data a mais antiga que existo no cartório do hospital de S. Falleceu Estevam ilartius em 3 de Dezembro de 1506. Foi se- pultado na Igreja da Sé, e depois trasladado para a igreja do hos- pital de Todos os Santos, em 5 de. II» D males — idem. Todos eram Irmãos da MisiTÍcordia sujeitos ao Provedor i- á Mesa. Em 8 de Fevereiro de lãO. Manuel fez doação con- firmada depois por D. Henrique, a 28 de Agosto de 1578. No reinado de U. Filippe iii, a vereação resolveu, cm 10 de Outubro de 161. Passamos a referir o processão que se seguia para recel er e curar os enfermos no Hospital de Todos os Santos, processo de que trata Carvalho na Corografia Portugueza. E depois de visitados os enfermos, e terem praticado nas suas enfermidades e do remédio del- ias, ia o Provedor, com os físicos e cirurgiőes, a uma casa chamada das aguas, por haver ali sol re uma mesa a relação de todos os que pretendiam ser curados, com os respectivos assentos ; era unica- mente sobre estes que recahia a admissão no hospital, salvo grande necessidade, ou perigo de morte. Admittido o enfermo, por parecer dos médicos, era logo levado á Igreja onde o Cura o confessava, e lhe dava a sagrada commu- nhão. Arrendamento do Pateo das Comedias por 10 annos Em nome de Deus, Amen. Saibão quantos este publico instru- mento dl! Vigia a regularidade do servido dos Irmãos, e pode chamar qualquer Irmão para servir por dois ou três dias, no impedimento d 'outro. Ver que os médicos e cirurgiőes cumpram inteiramente as suas obrigaçőes. Quando o não façam dar couta á Mesa para ella dispor como entender. Recel er e despedir os enfermeiros, quando vir que convém fa- zel-o ; dar licenças para entradas nas enfermarias. Os enfermeiros que receber não serão casados ; e, quando al- gum o fòr, não será a mulher lavandeira. O Provedor e o Thesoureiro podem mandar fazer as obras que forem necessárias, até á quantia do vinte mil réis, sem darem conta á Mesa: — d'ahi para cima é preciso despacho da Mesa. Mandar dizer as missas. I'agar ás amas de fr ra J , ,. Mandar ver e contar as receitas dos médicos no fim de cada mez por outro boticário, que a Moza ordenar, as quaes serão verefica- das pelos médicos e cirurgiőes as vezes que ao Thesoureiro parecer. Tomar conta da roupa sempre que o entender. Não se lhe levam em conta nenhumas despezas, sem estarem assiguadas pelos mordomos da bolça ou despensa. CAPITULO IV Do Escrivão da fazenda Obrigação de comparecer diariamente. Fazer assento das sentenças. As ii,-inliib'idcs de gciiei-os a lortiecer p. Os Capitules IX a xviii tratam do Regimento da Capella e de- nominam- se respectivamente : Do Padre Cara. Do Padre Coadju- tor. Do Padre Mestre da Capella. Do Padre apon- tador do coro. Do Padre Mestre de Ceremonías. Do Padre Thesou- reiro da Capella. Do Tangedor dos Órgãos. Dos mossos da Capella. Do Mordomo da Capella. A' entrada da enfermaria juntam-se ambos, e em compaidiia do Provedor começarão a visita cada um por seu lado, indo sempre a par de maneira que o Provedor e Mordomos possam ir entre elles. Vêem os doentes um por um c curam por suas mãos os de maior necessidade, e aplicarão aos outros as mesinhas, que manda- rão dar pelos praticantes maia versados na cirurgia. Quando forem ás enfermarias de mulheres levarão só um pra- ticante: o mais velho e de maior confiança. Farão as receitas em portuguez, sem algarismos. Vão inscre- vendo os mantimentos nas talxias, e iTalii fazem o rol para a cozi- idia, verificando. As receitas para a des 'nsa escrevem-nas no Wxvn do mor- domo, sem algarismos. Irão á mesa das aguas cada semana alternativamente, tendo o maior cuidado que os doentes de males só entrem na enfermaria do S. Pedro e corredor junto d'ella. CAPITIIJ XXXI Do surgião dos males Vem á visita uma liora antes dos niedicos. Irá todos os dias á meza das aguas, e não receberá doente al- s. Vigiarão aos quartos, informando o que salio ao que entra so- bro as necessidades dos doentes. Todos os cuidados com os mortos. Os enfermeiros elegerão entre si um refeitoreiro. Dará a ração crua ;i alguns dos enfermeiros. CAPITULO xxxrv Da cozinheira CAIMTILO XX. Os capítulos xxxvu, xxxviii e xxxix, tratam respectivamente : do Porteiro das enfermarias ; da Ama seca' e do Roupeiro. CAPITULO XL Das lavandeiras Vão levar e trazer a roupa nos logares que lhes forem desi- gnados. Nunca poderão entrar nas enfermarias de homens. Serão obrigadas a lavar as roupas que llies forem ordenadas, em três aguas, tendo todo o cuidado em que se não misture a roupa de uma enfermaria com a de outra. Os Capítulos XLI, XLii, XLiii e XLiv, tratam respectivamente ; do Ortelão ; dos homens do esquife; do Coveiro; e do Pedreiro e Car- pinteiro. O edifício do Collegío de Santo Antão Vejamos como se fundou este grandioso editicio para onde foi transferido, com a ikmominação de Hospital de. Jusé, o Hospital lleal de Todos os Santos. Pedro de Almeida, jiessoa muito dedicada aos jesuitas, conseguiu com os seus prudentes conselhos dcnioNer da sua tenaz resistência »s visiidios do campo do Cui'ral. No livro do 8r. ° — que a capolla-mór seria sepultura da Condessa e demais ninguém ; 3. Filippa de Sá, filha herdeira de item de Sá. Governador do Brazil e de D. Guiomar de Faria, filha de Atfonso Anes de Andrade, Desembargador do Paço, e de Brites Maria de Faria, loi casada coín o terceiro Conde de Linhares, D. Ficando viuva e sem filhos, por ser muv considerável a sua fortuna, assim em Lisboa como no Brazil, a deixou aos Pa- dres da Companhia do Collegio de Santo Antão em Lisboa, appli- cada á obra da Igreja, em que reservou para si a Capella-mór, onde mandou que sepultassem seus ossos, e houvesse certo numero de Ca- pcllaens, que todos os dias dissessem Missas ; e falleceo em 2 de Se- tembro de 1618 ; jaz na dita Capella-mór em hum sumptuoso Mau- solco, que a gratidão dos Padres d'aquello Collegio lhe fez lavrar com todo o primor da arte. » Apresentamos em seguida algumas notas relativas ao edificio do Collegio de Santo Antão : A primeira pedra da Igreja fui lançada com a maior solemni- dade em I de Janeiro de 1613. O novo templo foi consagrado a Santo Ignacio. As obras ainda não estavam concluídas em 1704 ou 1708. Diz Gonzaga Pereira, na sua Descriprum doa Monumentaa sa- cros de IJ. Veja-se a citada memoria do Sr. Victor Ribeiro - A finula- dora. No dia de Santo Ignacio, em 31 ilc. O uiagestoso Templo de pedraria, o o espleudido Convento de Santo Antão, devidos á liberalidade da Condessa de Linhares, D. João v muito estimava. Este padre falleceu no Collegio de Santo Antão a 5 de Abril de 1750, sendo seu reitor. O terremoto de 1755 derrubou o zimbório da Egreja, licaudo esta consideravelmente arruinada em muitas das suas partes, e bem assim uma das suas torres, irande estrago teve o convento, prin- cipalmente o dormitório, que cahiu para a parte das classes, mor- rendo 3 religiosos e 20 seculares. Para attestar a sumptuosidade do templo, resta apenas a ma- gnifica sachristia, que serve de capella ao Hospital de S. Um aviso régio de 2 d'. IS, derrrniinnu U ; o recinto da o, conhecido desde então por pateo das arvores, e onde se fazia todos os annos uma feira em dia de S. José, patenteando-se n'esse dia ao publico todo o Hospital, com irrave prejuizo dos doentes das enfermarias. Em 1862, a Irmandade do Santíssimo. Sacramento da freguezia plicado na restauração da Igreja da An- nuni'iada. Tudo lhe foi dado, e na concessão foi até incluída a iajiide jut- tencoute ao mausoléo da Condessa de Linhares, D. FiSte acto, que merece ser sevérameute vcrlierado, obteve fe- liznieiiti' uma cTta rr M ração, graças a uma administração do Hos- pital dl- S. Foi superiormente resolvido, que se empregasse na construcção do novo edifício da Escola-lledica toda a cantaria das fachadas ainda de pé, e quasi intactas, das Igrejas de Santo Antão e do Desterro, e que para esse fim se procedesse á sua completa demolição. Da velha Igreja veiu a salvar-se do terremoto e dos vantlalis- mos e destruiçőes subsequentes, a sachristia, ue continuou a servir de igreja do Hospital. N'oste terreno mandou a administração, a ue presidia o illus- tro onfermeiro-nioi' e distinctissimo professor, Sr. Igiiacio do Tjoiola, tuudação do mesiiio Santo cm 1536, foi fundada em Portugal pelos P. °' Simào Kodriguos de Azevedo Portuguez e S. Francisco de Xavier, que chegaram a LisVma em 1540, em 30 do Maio, tendo por primeira Casa a Igreja de que nos referimos, na qual se disso a primeira llissa om 1652, em dia de S. Foi approvada por Paulo iii em 1540 ; o Convento foi feito do novo em 1723. Francisco de Almeida liiii 1811. Antes do terremoto chegava ao Rocio a sua entrada, o onde se diz Portas do Santo Antão. O sahirem os Padres não era motivo de, positivamente, deixar destruir hum Templo de tanto valor ; em primeiro lugar quando se remediasse o zimbório, como se fez na Real Igreja de S. Vicente de Fora, ainda hoje teríamos o gosto de ver um Templo em Lisboa, que poucos ha que se lhe ponham a pár, O ódio, a vingança o o espirito mordaz de muitos coraçőes du- ros, sem se lembrarem da nossa virtuosa Religi. Finalmente em um aiuio derrubava-se a cimalha. Irsiis, a Ohm jiia do Colhfjin de Sauto An- tilo. Registo ieral — r. Provisão de l'J de. ° de Previlegios e doaçőes n. A mesa da Misericórdia ioi dissolvida por decreto de 11 de Agosto de 1834, sendo, pelo mesmo decreto, encarregada da admi- nistração do Hospital e da ilisericordia, uma commissão nomeada por decreto de 28 de Fevereiro do mesmo anuo, para examinar o estado da administração dos mesmos estal elecimentos. Maço 1 de Alvarás e Decretos. A commissão nomeada em 11 de Agosto de 18. Em 1841 foi nomeada uma coniniissão encarregada do expe- diente do Hospital de S. Tr sé, de que fez parte Diogo António Correia de Sequeira Pinto. O decreto de 26 de Novemi ro de 1851, luiblicado no Diário do Governo de 26-11-1851, tornou a administração do Hospital de S. O Paço da Ribeira A cl-Rci I. ° 20-h Lisboa 261 voral o instrumental que mais se Uio podia chamar cathedral que caitclia. Em algumas reunem-se muitos jurisconsultos pe- ritissimos, chamados Desembargadores do paço, os quaes julgam em nome de el-Rei muitas causas civis e criminaes... N'outras reuue-se a mesa da Consciência e Ordens, composta de outros va- rőes não menos insignes por sua sciencia do direito e das leis, e cujo encargo é expedir e consultar os negócios das três Ordens mi- litares do Reino, sujeitas ao Rei como seu grão Mestre, e também aquelle. Thonié ílartins Vieira no anno de 1! Do concelho de Monçiio veem-se as freguezias de Troporiz, Monção, Mazedo, Troviscoso, Pinheiros, Cambczes, Sago, Moreira, Pias, Parada, Trutn, Lordello, Longos Valles, Bella, Barhcita, Çei- YJics, vSegude, Podanie, Merufe, Tangil, MessegÊLes, Sá, Bandiui e Eiba de Mouro. Estradas As estradas que se vêem n'esta região são as seguintes : Vj. ° 1 — Parte de Monção toma a direcção de S. Gregório junto da fronteira de E. ° 1— Parte da E. José Au- gusto Pereira Gonçalves Júnior. As coordenadas gcographicas da iollia n. Os sentimentos religiosos dos habitantes da pequena villa de 1'edrogão Pequgre I' Kvora. Do liistricto dl' l''. Ribeira de Terá — Entra a E. Ribeira de Fargela — Nasce ao S. Ribeira de Pigeiro — Nasce a S. Gregó- rio ' corre para N. Ribeira de Matalote — Nas! Ribeira de l ivor — Entra ao S. Pavia N'uma planicie, nas proximidades da margem esquerda da ri- beira de Terá, asseuta a villa e freguezia de Pavia, que pertence ao coneeliio de Mora, á comarca de ilontemór-o-Novo, e ao districto o arcebispado de Évora. Dista 15 kilometros da sede do concelho e tem como orago da sua única freguezia a Conversão de S. Foi cabeça de concelho, e tinha merecido a el-Eei D. Manuel a concessão de foral a 15 de Fevereiro de 1516. Diz-se que el-Kei D. Diniz a elevou a villa em 1287, dando- llio foral então, segundo o P. ° Carvalho ; Franklim não apresenta porem este foral. Na freguesia ha trcz rrinidas : S. João I, segundo o P.

 


Xa villa de liarcellos, lie antiga proveniência, luaesijuer ruinas dos sinis vetustos edificios, e esiiecialmente as do paço ducal, que ainda se erguem iiripolientes doma?i porni?i archives ;i ponte, mei-ereill M atteiiçAo e estudo do visitniiti'. Mal as pode dizer quem as nâo fente E peor quem featio taes faudades. J'aralue que sou père, il résolut do se rendre a Maroc à la cour du sullan des Almohades. O que Met by Google « s C A R T A IT. I teninnilo scSalailii á esto fin el dia vinte dei próximo mes de junio, siendo 132 Folha n. Pour venger le meurtre de ces victi- mes, les dcui Ircros Henri et Telloqui s remportèrent un doma?i porni?i archives cűiisidi D'ESPAGNE, da Castro, et dont quelques -un a avaient ihcrclii un medico on Caslille ; et non maint avide de sou cűic du tirer vengeancede Lroia ou quatre de ses sujets hostiles qui avaient implore l. You will never see ads again!.